Os Publicanos
Os Publicanos Eram uma classe imposta aos judeus pelos dominadores romanos com a missão de lhes coletarem os impostos. Funcionários romanos, eram odiados e escorraçados. Muitos judeus se tornaram publicanos devido à rentabilidade da profissão: o chefe dos publicanos, em Roma, impunha uma taxa e distribuía aos seus subordinados que, por sua vez, quadruplicavam e repassavam as taxas, e assim sucessivamente.
Buckland afirma que havia duas espécies de publicanos: os publicanos gerais que eram responsáveis pela renda do império, frente ao Imperador, e os publicanos delegados por estes em cada província.
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Jericó era uma cidade interessante. Ela tem captado a imaginação de muitos meninos e meninas como o local da batalha de Jericó no tempo de Josué, quando os muros caíram. A maldição sobre Jericó naquele tempo resultou em que a velha cidade nunca chegou a ser reconstruída. Porém mais tarde uma outra cidade foi construída, uma cidade moderna, que foi o lar de Zaqueu nos dias de Jesus.
Jericó era uma bela cidade, mas era conhecida por seus publicanos e coletores de impostos. Ali, um judeu podia tomar-se um traidor de seu próprio povo, entregar-se aos romanos e então viver uma boa vida. Ali, um homem podia tornar-se rico, porque recebia uma porcentagem de sua arrecadação. E se sua arrecadação fosse grande, assim seria sua comissão. Zaqueu era não apenas um publicano, ele era chefe entre os publicanos. Ele era o diretor do Serviço de Renda Interna, uma espécie de Secretário da Fazenda para a área de Jericó.
Alguns estudiosos estabelecem que havia dois tipos de publicanos: os gerais, a quem cabia velar pelos tributos cobrados dos judeus ante o Imperador; e os representantes de cada região, designados entre as próprias populações de quem as taxas eram arrecadadas, e considerados os verdadeiros ladrões e, portanto, pecadores diante da Lei Mosaica.
De qualquer forma, eles eram alvos da ira judaica, especialmente por parte dos fariseus, mas uma coisa é certa. Eles não agiam com hipocrisia, como a classe farisaica, que tanto defendia o legado de Moisés, mas não aceitava dividir seu espaço à mesa com os publicanos
Vale a pena mediar, sobre a passagem que destaco:(…) Segundo Lucas, o jovem rico que veio a Jesus era um homem importante. Era fariseu? Suponhamos que sim. Ele pergunta ao Mestre: «o que farei para herdar a vida eterna?». Jesus lhe responde: «Sabe os mandamentos?». Então este homem declara algo que se torna assombroso para nós: «Tudo isto tenho guardado desde a minha juventude». Jesus lhe responde: «Ainda te falta uma coisa», confirma que é verdade o que o jovem rico tem dito. Marcos diz que Jesus: «… o olhando, lhe amou». Assombroso não? Quantos de nossos jovens cristãos poderiam dizer o mesmo? Embora não sabemos exatamente se o jovem era ou não fariseu, não cabe dúvida que o jovem Saulo –que sabemos ter sido fariseu– cumpria um perfil semelhante. Em seu próprio testemunho Saulo reconhece que em sua vida de fariseu, «vivi», diz ele, «conforme a mais rigorosa seita de nossa religião… instruído aos pés de Gamaliel, estritamente conforme à lei de nossos pais, zeloso de Deus».